O ultrassom é um dos exames mais solicitados durante o pré-natal para acompanhar as condições de saúde da mãe e do bebê.

 

Ao compreender os princípios físicos dessa tecnologia que se baseia em ondas sonoras com frequência superior àquela que nós, humanos, somos capazes de ouvir, o ultrassonografista está apto a otimizar a qualidade da imagem, contribuindo para um diagnóstico de alta qualidade e precisão.

 

Apesar de aparentemente simples, o exame ainda gera muitas dúvidas.
Nesta semana vamos esclarecer as 10 principais dúvidas, começando hoje com as primeiras 5.

 
1) O ultrassom é um exame seguro?
Sim, é um exame isento de contraindicações tanto para a mãe quanto para o feto. No caso do ultrassom com dopplerfluxometria colorida, que analisa o fluxo sanguíneo em diferentes vasos do corpo humano, recomendamos que seja realizado somente após a 9ª semana de gestação, para maior segurança.

 
2) É verdade que o feto ouve o som emitido pelo equipamento?
Não. No ultrassom, lidamos com mais de três milhões de hertz, enquanto o ouvido humano escuta até dois mil hertz. Portanto, essa questão está totalmente descartada.

 
3) A partir de quando é possível ter uma imagem do bebê?
Como as semanas de gestação são contadas a partir da data da última menstruação, é possível enxergar o embrião a partir da quinta semana pelo ultrassom transvaginal, ou ainda a partir da sexta semana via suprapúbica. É nessa fase que, apesar de o embrião medir poucos milímetros, podemos identificar e ouvir seus batimentos cardíacos.

 
4) Existe um número ideal de ultrassonografias recomendado às gestantes?
Quatro exames seriam o mínimo necessário durante uma gestação normal. O primeiro exame é muito útil para confirmar a gestação, identificar o local da implantação e determinar a idade gestacional. O segundo, também chamado de morfologia do primeiro trimestre, mede a “translucência nucal”. O terceiro exame morfológico confirma a idade gestacional, avalia o crescimento e, principalmente, a morfologia fetal. Já o quarto tem o objetivo de avaliar o crescimento, a quantidade de líquido e a placenta – além de revisar a morfologia. Isso tudo pode ser realizado também no segundo trimestre, mas existem patologias típicas do terceiro trimestre que podem levar a alterações de líquido e da placenta. Daí a importância de realizar um ultrassom nessa fase da gravidez. Vale ressaltar que quem determina os pedidos de exame é o obstetra da paciente, de acordo com as características da gestação.

 
5) O que significa “translucência nucal”?
Trata-se de um exame de rastreamento de alterações genéticas (cromossomopatias) como a Síndrome de Down, por exemplo, em que medimos a região da nuca do bebê. Em bebês que têm alterações cromossômicas, essa medida pode estar aumentada. Esse exame não tem finalidade diagnóstica, mas seleciona as pacientes que teriam indicação de estudo do cariótipo (colhido por punção de vilosidade coriônica ou do líquido amniótico).

 

Esperamos você aqui na próxima quinta para falarmos sobre as outras 5 dúvidas.

Abraço!

 

 

Fonte:  Google
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