As cólicas menstruais são caracterizadas por dor em baixo ventre no período menstrual, e que podem vir acompanhada de náusea, vômitos, dor de cabeça, dor nas costas, dor nas coxas e diarreia. A dismenorreia pode ser classificada em primária ou secundária. A primária ocorrem em pacientes sem alterações orgânica, já a secundária pode ser congênita (malformação dos orgãos genitais) ou adquirida (endometriose, miomas, infecções genitais, etc.).

Muitas pacientes tem cólica menstrual associada á sintomas de irritabilidade e inchaço, podendo caracterizar uma situação de TPM. É comum que mulheres sem alterações orgânicas, isto é, com dismenorreia primária apresentem os sintomas nos extremos reprodutivos, quando adolescentes e portanto nos primeiros ciclos menstruais e posteriormente próximas á atingir a menopausa.

Para o diagnóstico é necessário consulta ginecológica detalhada, onde o ginecologista realiza a história clínica detalhada, com todas as características da dor, com intensidade, localização, duração; exame físico completo, com especial atenção nos orgãos genitais, na procura de alguma malformação. Exames complementares incluem ultra-som pélvico ou transvaginal, sendo necessário em alguns casos a realização de ressonância nuclear magnética. Exames de sangue incluem hemograma completo, dosagem de CA 125 (marcador de endometriose). Se não houver nenhuma causa aparente, mas clinicamente a cólica menstrual evolui para dor pélvica pós menstrual com dor para urinar e até evacuar e forte dor para relação pode-se pensar em endometriose e discutir com a paciente a realização de laparoscopia para o diagnóstico de certeza.

O tratamento da cólica menstrual depende da sua causa. Quando encontrado algum fator desencadeador, com por exemplo, hímen imperfurado, este é tratado, no caso cirurgicamente, resolvendo o problema.   Em casos de miomas uterinos, a cirurgia é uma opção, de endometriose a ressecção dos focos (vide post de endometriose) e o tratamento com medicamentos para suprimir a menstruação serão utilizados, sendo assim o tratamento deverá variar de acordo com o fator causal.    Nos casos em que não se descobre a causa das cólicas menstruais, o ginecologista tem como opções terapêuticas o uso de anticoncepcionais hormonais e anti-inflamatórios, além de aconselhar exercícios físicos (aumento de endorfinas), dieta com fibras (melhora o hábito intestinal) e evitar estresse emocional.

Não há contra-indicação para uso de anticoncepcionais para jovens e adolescentes em geral, sendo que a preocupação com a ingesta de hormônios que poderiam causar efeitos colaterais não se justifica como as medicações disponíveis hoje no mercado.  Os resultados terapêuticos com anticoncepcionais normalmente são muito satisfatórios. Portanto, é importante  consultar sempre um ginecologista pois, muitos casos de cólica menstrual tem tratamento.

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