Um dos principais desafios da reprodução assistida é encontrar os fatores que impactam na fertilidade de cada casal e individualizar o tratamento para aumentar as probabilidades de gravidez. Quando um casal procura orientação médica, eles não procuram uma técnica específica. O processo consiste em uma minuciosa avaliação para só então, ser indicado o procedimento mais adequado. Entretanto, sempre surge a dúvida: qual a diferença entre a inseminação artificial e a Fertilização in Vitro (FIV)?

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A inseminação artificial consiste, basicamente, em cortar o caminho percorrido pelos espermatozoides. Há casos em que a mulher tem, no colo do útero, anticorpos que os matam antes que possam alcançar o óvulo. Por isso, o sêmen do parceiro é coletado e introduzido diretamente na cavidade uterina, onde os anticorpos não estão mais presentes. Aí, com o campo livre, a corrida até o óvulo ocorre sem problemas. Outro caso em que se usa essa técnica é quando o homem produz poucos espermatozoides. O sêmen é coletado e tratado para que sua concentração aumente.

Já na FIV, conhecida popularmente como “bebê de proveta”, a origem da vida se dá fora do corpo da futura mãe. O primeiro passo é o uso de drogas que estimulem a produção de mais de um óvulo por ciclo. Esses óvulos são aspirados por uma agulha e colocados em uma substância cheia de nutrientes, para mantê-los vivos. Aí, então, os espermatozoides são colocados no mesmo recipiente, para que haja a fecundação. Após sua fertilização, o óvulo é mantido em uma estufa, onde começa a ocorrer a divisão celular. Depois de se formarem oito ou 16 células, o embrião é colocado no útero da mulher.

Há ainda a FIV por ICSI – injeção intracitoplasmática de espermatozoide –, caso em que um único espermatozoide é injetado em cada óvulo disponível. A técnica é utilizada especialmente nos casos de infertilidade masculina, quando a produção de espermatozoides é pequena, rara ou praticamente nula.

O mais importante é que o casal sempre passe por uma avaliação detalhada para um diagnóstico preciso do fator de infertilidade, permitindo assim, mais chances de conseguir a tão desejada gravidez.

Dr. Eduardo Motta, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington

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