O bocejo pode ser ligado ao tédio e também ao sono, mas pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) descobriram que bocejar também pode ser uma resposta do organismo para regular a temperatura do cérebro, evitando seu aquecimento, segundo divulgou o jornal britânico Daily Mail.     Os cientistas pediram a 80 pedestres, escolhidos aleatoriamente, que observassem fotos de pessoas bocejando e marcassem com qual eles faziam o mesmo.     O teste foi realizado tanto no inverno quanto no verão e constatou que o bocejo é uma das maneiras do corpo refrescar o cérebro, trocando calor com o ar fresco que entra no organismo durante o ato.     Todavia, em dias muito quentes o bocejo não é eficaz.    “Bocejar se torna contra produtivo em temperaturas ambientes maiores que a do organismo, porque a inalação do ar ambiente não promoveria a refrescância”, explicou o professor Andrew Gallup, que conduziu a pesquisa, citando que há uma “janela térmica”  que desencadeia o bocejo em um limite de temperatura. O estudo constatou que no verão as pessoas bocejam menos do que no inverno, mostrando que a frequência do bocejo varia segundo a sazonalidade, o que explicaria porque as pessoas se tornam confusas e desorientadas quando submetidas ao calor extremo, já que o cérebro tem meios limitados de se refrescar.    A pesquisa vem para somar conhecimento e ajudar na compreensão de doenças neuromotoras ou na epilepsia, que têm o bocejo como uma das características mais comuns.

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